Todas as mudanças sociais
étnicas...
Etárias, mundanas, cívicas, primárias...
Secundárias, binárias, bipolares, jurídicas...
Primordiais, sociológicas e fisiológicas, estão…
Melhor dizendo,,,
...ficaram aquém das espectativas, com o
passar dos tempos!!!
Mantém-se a promiscuidade, o primitivismo
sazonal e intemporal.
O laxismo e a degradação!!!
Quando olho para trás, amedronto-me
enfaticamente!!!
Obstinadamente entorpecido, nos meandros
lúdicos da selvajaria emergente e galopante desta
nova era.
Nunca se assistiu a tanta falta de civismo…
De que serviram???
Saídas e entradas comemorativas a cada
ano que passava, se o novo ano seria potencialmente
mais nefasto em tudo…
Mas tudo mesmo!!!
O excesso de liberdade!!!
Outrora negada...
O que esperar do novo modelo???
Está provado científicamente que;
A ansiedade subtrai o crescimento e
desenvolvimento da mais saudável criatura.
Em tantas coisas isso nos beneficiou,
como saturou!!!
Vemo-nos agora diáriamente trucidados pelo
excesso de liberdade e desse evolutivo veículo
tenebroso das mudanças sociais.
O que nos proporcionou mais
desenvolvimento
e uma comunhão uniforme com o progresso,
revolta-se agora contra nós.
A contaminação virulenta e nefasta do
excesso, está imparável...
Tudo o que nos pudesse premiar com uma
maior comodidade, mobilidade, satisfação,
longevidade,
efemérides transcendentes e nutritivas de saber e
cultura, esfuma-se a cada dia que passa.
Era inconcebível, -nos idos anos dos meus
avós-, a falta de respeito aos progenitores…
Agora??? Não há regras, nem limitações.
Tudo se desenvolveu para a nossa física
satisfação, negligenciando-se equitativamente ou por
completo, a evolução tão nobre da mente.
Deixou-se de estudar... desenvolvendo-se as
mais extraordinárias técnicas de bem copiar.
Crianças vão para o ciclo sem saber a tabuada.
Já sinto o meu sangue a fervilhar, só de
pensar em falar no regime.
Aquele que foi imposto aos nossos
antepassados, por uma monarquia que não deixou
saudades nenhumas, impondo-se outra ainda pior que
atravancou este país.
O Brasil???
Ensinámos aquele povo a andar e a ser gente...
Ultrapassaram-nos em tudo... até a favela do
alemão é mais civilizada que a baixa pombalina,
quando se comemora a conquista de um campeonato.
Claro que estou a exagerar, apenas para chatear
as "lagratixas" e lampiões... o meu sporting só me
dá é desgostos senão também estava lá caído.
Vamos lá ver agora!!!
Vou-vos contar uma “estória”... que de tão
alucinante e fantástica até parece irreal.
Vinha eu muito bem nos meus calcantes em
plena marginal rebordosa do Tejo, quando "se me
vislumbra-se" no acetinado relvado envolvente do
centro hípico, um brilhoso e encandeante transmitivo
de luz.
Resguardei-me... perante o inusitado e
inesperado acontecimento, não fosse alguma mina
perdida.
Ocorreu-me logo não outra coisa do que;
«prevenir é a melhor atitude a ter nestes
momentos», pondo-me numa posição de combate...
Recorri-me
imediatamente aos ensinamentos técnicos e
sofisticados de Kung-Fu, como também a outras
técnicas contra objectos contundentes e perfurantes,
adquiridos em academias conceituadas e um mosteiro
budista.
O inusitado faiscava como uma pérola
hipnotizante, o que me deixou estático e paralisado.
Pernas flectidas e entreabertas, com os punhos
cerrados e os braços num “Z” quadriculado, pronto a
desferir uma kata muri haki, ao mínimo relampejo de
hostilidade ou ameaça.
Acerquei-me cautelosamente e deparei-me
não mais do que com um sedutor transmissor vocal
no estado vibrativo e em plena actividade, dando-lhe
um efeito 3D.
Cuidadoso mas corajosamente como
me é peculiar e transmissível, «vindo de mim»,
reivindiquei o pequeno objeto como se de uma
banalidade se tratasse.
Ainda pensei duas vezes se me havia de
dobrar, ou se o achado valeria o esforço, mas lá me
decidi e conclui a espinhosa missão numa milésima de
segundo.
Uma chamada... duas...
A seguir a essa houve outra que também
não atendi, enquanto examinava o futurista objecto
como quando o preto no filme -“Os deuses devem
estar loucos”- examinava a garrafa de coca-cola que
tinha caído do céu.
Podia estar armadilhado e por descuido um
gajo da Alkaeda o tivesse deixado cair por ali.
Até que à sexta ou sétima chamada, já
familiarizado com o objeto, atendi.
Dizia no visor “amigo não sei das quantas”.
Foi uma surpresa para o miúdo quando ouviu outra
voz que não a habitual.
Quem és tu?? Perguntou ele com uma
entoação inquisidora quase kukluxxkiana lol.
Eu encontrei o telemóvel pah… disse eu
educadamente e num tom assertivo até onde o limite
da educação me permitia perante a imbecilidade.
Tu tens que trazer isso aqui pah!!! disse ele...
já eu estava quase em El Passo...
Não posso meu!!! retorqui... só na próxima
lua cheia...
Não pode ser pah!!! tens que trazer isso
aqui hoje…
Vejam bem isto… uma porcaria de um
telemóvel que eu estava disposto a devolver sem
problemas.
Depois telefonaram umas miúdas que ficaram
muito admiradas por ser eu... passados uns minutos
de conversa, com a mesma retórica do;
"tens que trazer isso aqui porco", e mais alguns
adjetivos que nem sequer posso mencionar
já queriam festa...
Eu para estimular a imaginação delas,
desferi verbalmente também alguns impropérios
amistosos, recebendo um feedback que se
enquadrava na linguística de um super dragon.
Como é que depois disto eu conseguiria
confrontar estas criaturas para esse tão nobre acto da
devolução do dito cujo???
De certeza que me fariam uma espera, num
circulo de cidadania cultural e embaixadora da
amizade.
Impossível!!!
De lamentar, o estado a que as coisas
chegaram....
FIM…