Introdução;
mostra bem o estado a que chegou a Sociedade Actual que o
próprio Jesus Cristo profetizou de que passaria por um “Juizo Final”
pela forma como vive e se comporta num Planeta que está ficando
doente à medida que progredimos degenerando de nossa condição de
seres humanos que descuram valores e princípios da vida estabelecidos
para uma verdadeira Ordem de Evolução. Essa apenas se tem
verificado num nível científico e tecnológico, não no plano moral e
espiritual, e se perverte também no plano social.
A crise no meu país, não é só económica e financeira, mas
sobretudo cultural e civilizacional em muitos aspetos em que a própria
Justiça é cega e trôpega, pouco evoluída, dominada por gente influente
que mantém o povo inculto e ignorante para o explorar mais
facilmente.
Esta minha conclusão baseia-se em muitos factos que são relatados
quase diariamente nos meios de comunicação social e hoje cheguei a
mais uma conclusão por saber que o Tribunal de Viana do Castelo
autorizou a realização de Touradas naquela cidade onde as
mesmas tinham sido banidas e voltou a ser palco desse espetáculo
medieval muito apreciado ainda por muita gente no século atual que
assiste esfuziante aos maus tratos a um animal encurralado numa
arena onde se praticam ignóbeis e tristes cenas.
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É claro que nem todo mundo é desonesto, mas, diante do
relaxamento dos padrões de honestidade, hoje em dia todos nós
acabamos nos vendendo um pouco. As pessoas se defendem, dizendo
que são honestas porque não matam nem roubam, mas fazem vista
grossa para os pequenos deslizes. Se estão com pressa, estacionam o
carro num local proibido ou formam fila dupla no meio da rua,
atrapalhando o trânsito. A mesma coisa acontece com os atrasos
-"vou chegar atrasado porque todo mundo chega" -, e assim por
diante: "vou cobrar acima da inflação porque todo mundo cobra",
"vou fazer um favor para ele, mas em troca quero uma vantagem
para mim".
Por Einstein…
Sabemos como é a vida: num dia dá tudo certo e no outro as
coisas já não são tão perfeitas assim.
Altos e baixos fazem parte da construção do nosso caráter.
Afinal, cada momento, cada situação, que enfrentamos em
nossas trajetórias é um desafio, uma oportunidade única de aprender,
de se tornar uma pessoa melhor. Só depende de nós, das nossas
escolhas...
Não sei se estou perto ou longe demais, se peguei o rumo certo ou
errado. Sei apenas que sigo em frente, vivendo dias iguais de forma
diferente. Já não caminho mais sozinho, levo comigo cada recordação,
cada vivência, cada lição. E, mesmo que tudo não ande da forma que
eu gostaria, saber que já não sou a mesma de ontem me faz perceber
que valeu a pena.
Procure ser uma pessoa de valor, em vez de procurar ser uma pessoa
de sucesso.
O sucesso é só consequência.
O ser humano, vivencia a si mesmo seus pensamentos, como algo
separado do resto do universo - numa espécie de ilusão de ótica de sua
consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a
nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais
próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão,
ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos
os seres vivos e toda a natureza em sua beleza.
Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas
lutar pela sua realização já é por si só, parte de nossa liberação e o
alicerce de nossa segurança interior.
Eu, enquanto homem, não existo somente como criatura
individual, mas me descubro membro de uma grande comunidade
humana. Ela me dirige, corpo e alma, desde o nascimento até a morte.
Meu valor consiste em reconhecê-lo. Sou realmente um homem quando
meus sentimentos, pensamentos e atos têm uma única finalidade: a
comunidade e seu progresso. Minha atitude social, portanto,
determinará o juízo que têm sobre mim, bom ou mau.
Anexo;...
Conta certa lenda, que estavam duas crianças patinando num lago
congelado. Era uma tarde nublada e fria, e as crianças brincavam
despreocupadas.
De repente, o gelo quebrou e uma delas caiu, ficando presa na fenda
que se formou.
A outra, vendo seu amiguinho preso, e se congelando, tirou um dos
patins e começou a golpear o gelo com todas as suas forças,
conseguindo por fim, quebrá-lo e libertar o amigo.
Quando os bombeiros chegaram e viram o que havia acontecido,
perguntaram ao menino:
- Como você conseguiu fazer isso? É impossível que tenha conseguido
quebrar o gelo, sendo tão pequeno e com mãos tão frágeis!
Nesse instante, um ancião que passava pelo local, comentou:
- Eu sei como ele conseguiu.
Todos perguntaram:
- Pode nos dizer como?
- É simples: - respondeu o velho.
- Não havia ninguém ao seu redor para lhe dizer que não seria capaz.
Karl Marx argumentou que os valores ( enquanto produtos ideológicos)
não podem ser desinseridos da história e dos contextos sociais. Os
valores dominantes numa dada sociedade são sempre aqueles que
melhor servem a classe dominante na sua exploração das classes
trabalhadoras. Defendeu por isso a necessidade da destruição de todos
os tipos de moral dominante (burguesa), substituindo-a por uma moral
dos oprimidos (proletários).
Nietzsche afirmou por seu turno que não existiam valores absolutos.
Os valores são sempre produto de interesses egoístas dos indivíduos.
Os valores estão ligados às condições de existência de certos grupos,
justificam as suas hierarquias e mecanismos de domínio, e mudam
sempre que as condições de existência se alteram. Considera, por
exemplo, que a moral ocidental está assente em valores de escravos,
preconizando por isso o aparecimento de um homem novo,
completamente livre, e capaz de expressar a sua vitalidade sem
limites, para além de valores de arcaicos como o bem e o mal.
Freud mostrará que os valores morais fazem parte de um mecanismo
mental repressivo formado pela interiorização de regras impostas pelos
pais, e que traduzem normas e valores que fazem parte da consciência
colectiva.
.A crise nos modelos e nas relações familiares. A família é onde, em
princípio, qualquer ser humano adquire os seus primeiros valores.
Ora as estruturas familiares estão em crise, o que se reflete, por
exemplo, no aumento da dissolução de casamentos, no aparecimento
de novos tipos de uniões (casamento de homossexuais, etc),etc. Por
tudo isto, muitos país manifestam cada vez mais dificuldade em
elegerem um conjunto de valores que considerem fundamentais na
educação dos seus filhos.
3.As profundas alterações económicas, cientificas e tecnológicas que a
nossa sociedade moderna tem conhecido. Estas não apenas
estimularam o abandono dos valores tradicionais, mas parecem ter
conduzido a humanidade para um vazio de valores.
Cinco exemplos…
3.O desenvolvimento económico dos países tem sido feito à custa da
poluição do ar, contaminação da águas, destruição das florestas,
acumulação de lixos, etc. As previsões sobre as consequências futuras
destas ações são aterradoras: o planeta terra está numa rápida agonia.
5. A globalização trouxe consigo uma maior aproximação entre o povos
em termos de informação, facto que aparentemente possibilitaria o
desenvolvimento de uma consciência global, desperta para a questão
das desigualdades dos recursos e das condições de vida entre os seres
humanos.
Opinião;
Muitos autores contestam contudo esta interpretação, pois segundo
afirmam, a informação que está a ser difundida à escala global não
visa despertar a consciência crítica das pessoas mas brutalizá-las.
A circulação dos mesmos produtos à escala planetária está a provocar
uma rápida uniformização de hábitos, costumes e culturas entre todos
os povos. Ora os modelos culturais e comportamentais que estão a ser
veiculados pelas grandes potencias mundiais, em particular os EUA,
não passam de produtos culturais acríticos, onde se apela apenas ao
consumismo e relativismo de valores. Tratam-se de produtos culturais
destinados a serem consumidos por populações pouco educadas ou
exigentes em termos intelectuais.
Um milhão de pessoas sem comida e água no Sul do Sudão. O apelo
da ONU aos países doadores para que ajudem a combater esta
situação conseguiu angariar apenas, até agora, um por cento do total
da soma pedida para evitar uma tragédia como a fome de 1998, na
mesma região, que causou a morte a centenas de pessoas.
Os rebeldes do Sul desde 1983, na sua maioria animistas e cristãos,
têm lutado por uma maior autonomia do Norte, maioritariamente
muçulmano e árabe. O conflito já provocou mais de dois milhões de
mortos naquele que é o maior país africano. in, Público (8/3/2001)
Conclusão!!! Não a minha...
O primeiro é o cuidado. É uma relação de não agressão e de amor
à Terra e a qualquer outro ser. O cuidado se opõe à dominação que
caracterizou o velho paradigma. O cuidado regenera as feridas
passadas e evita as futuras. Ele retarda a força irrefreável da entropia
e permite que tudo possa viver e perdurar mais. Para os orientais o
equivalente ao cuidado é a compaixão; por ela nunca se deixa o outro
que sofre abandonado, mas se caminha, se solidariza e se alegra com
ele.
O segundo é o respeito. Cada ser possui um valor intrínseco,
independentemente de seu uso humano. Expressa alguma
potencialidade do universo, tem algo a nos revelar e merece existir e
viver. O respeito reconhece e acolhe o outro como outro e se propõe
a conviver pacificamente com ele. Ético é respeitar ilimitadamente
tudo o que existe e vive.
O terceiro é a responsabilidade universal. Por ela, o ser humano e a
sociedade se dão conta das consequências benéficas ou funestas de
suas ações. Ambos precisam cuidar da qualidade das relações com os
outros e com a natureza para que não seja hostil mas amigável à vida.
Com os meios de destruição já construídos, a humanidade pode, por
falta de responsabilidade, se auto-eliminar e danificar a biosfera.
O quarto princípio é a cooperação incondicional. A lei universal da
evolução não é a competição com a vitória do mais forte mas a
interdependência de todos com todos. Todos cooperam entre si para
co-evoluir e para assegurar a biodiversidade. Foi pela cooperação de
uns com os outros que nossos ancestrais se tornaram humanos. O
mercado globalizado se rege pela mais rígida competição, sem espaço
para a cooperação. Por isso, campeiam o individualismo e o egoismo
que subjazem à crise atual e que impediram até agora qualquer
consenso possível face às mudanças climáticas.
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Os quatro princípios devem vir acolitados por quatro
virtudes, imprescindíveis para a consolidação da nova
ordem.
A primeira é a hospitalidade, virtude primacial, segundo Kant, para a
república mundial. Todos tem o direito de serem acolhidos o que
corresponde ao dever de acolher os outros. Esta virtude será
fundamental face ao fluxo dos povos e aos milhões de refugiados
climáticos que surgirão nos próximos anos. Não deve haver, como há,
extra comunitários.
A segunda é a convivência com os diferentes. A globalização do
experimento homem não anula as diferenças culturais com as quais
devemos aprender a conviver, a trocar, a nos complementar e a nos
enriquecer com os intercâmbios mútuos.
A terceira é a tolerância. Nem todos os valores e costumes culturais
são convergentes e de fácil aceitação. Dai impõe-se a tolerância ativa
de reconhecer o direito do outro de existir como diferente e
garantir-lhe sua plena expressão.
A quarta é a comensalidade. Todos os seres humanos devem ter
acesso solidário e suficiente aos meios de vida e à seguridade
alimentar. Devem poder sentir-se membros da mesma família que
comem e bebem juntos. Mais que a nutrição necessária, trata-se
de um rito de confraternização e de comunhão com a natureza.
Todos os esforços serão em balde se a Rio+20 de 2012 se limitar à
discussão apenas de medidas práticas para mitigar o aquecimento
global, sem discutir outros princípios e valores que podem gerar um
consenso mínimo entre todos e assim conferir sustentabilidade à nossa
civilização. Caso contrário, a crise continuará sua corrosão até se
transformar num tragédia. Temos meios e ciência para isso. Só nos
faltam vontade e amor à vida, à nossa, e a de nossos filhos e netos.
Que o Espírito que preside à história, não nos falte.