Romanesca
Introspecção…
Rejeitem-se e mutilem-se burlões!!!
Mordomias e estatutos ébrios de pomposidade
signatários de opulência e transcendência,
rebelando-se intrinsecamente ao ser diminuto no seu
pardieiro...
Voraz humildade!!!
Suplicando a via dolorosa...
uma inação inaudita ao conformismo
rasgando e dilacerando imposições venéreas
pela discordância e contrariedade do seu ser...
De nada vale a súplica perante tão altivo comensal
Boémio e saltimbanco
privilegiado fanfarrão lírico
que se esbate perante mim e a minha doutrina
fenomenal...
Como chegarei ao mundo??
Dizer que sou melhor que ele??
o obtuso...
Digam-me... vem por aqui, que eu reflito...
posso não ir, mas penso...
A pútrida e descomunal jactância, espezinha o
antagonismo saudável;
dá-lhes asas... pensam saber voar...
exemplificam o atroz e vil costume, inconcebível
aos demais,
apoderando-se deles a empáfia e exagerada
pobreza... de valores!!!
desumanizando o apoderado.
Pondero outra retribuição ao pressuposto endeusado
enfadonho...
Serei justo??
Peremptório, corajoso e extraordinário serei...
Por saber por onde vou e o que quero...
Que não me morram neurónios, a solidificação
do átomo já é possível.
Imprimem-se objectos!!!
Tenho que acompanhar a mudança...
evoluir no tempo... não ficar para trás
Sei para onde vou!!!
Jorge sotto mayor 2012
Depois das divagações»»»
Poesia…
Contemplarei bem alto o vosso infortúnio e redução a pó...
Verei a besta zarolha de língua bifurcada, dizimar pagodes e
rastejantes.
Altiva!!! de jaqueta blindada e um leque pandémico.
O golgota de injusticeiros miserabilistas da desgraça
e da discórdia alheia...
finalmente sentenciados condenados e executados,
passando a eternidade em penicos de térmitas violadoras
e assim será feita justiça…
Ecoam em mim, post-scriptuns de alertas redentores.
Crucifiquem-me pelo optimismo...
e voláteis consagrações benevolentes,
neste tumultuoso e nefasto apêndice rudimentar,
que nem um desavindo em nebulosas purificadoras,
purificará.
Tenho dito!! E patéticamente de quando em vez,
me tele-porto hibridamente para estados de demência
desorganizada.
Em substantivos e monossílabos...
que desfalecem em vertentes pouco optimistas,
de estudos realizados e confirmados mas nunca oficializados,
de uma possível salvação.
Teremos o fim que merecemos ou seremos poupados??
Ainda possuído pelo demo!!!
Ele teima em não me deixar metamorfosear.
....//....
Nunca passaram por uma situação que desejariam
no momento voltar atrás e possivelmente
desculparem-se imediatamente??
Não tendo acontecido e já na rua, aquela tentação de
recuar no tempo e começar por elucidar o interlocutor de que;
a responsabilidade seria sua, originando a discórdia??
Nada disto aconteceu e fustiga-me o arrependimento...
este maldito caráter, tão vincado, que cada vez mais
me custa suportar os meus erros.
Não consigo explicar este azedume que me corrói...
que se torna insuportável.
Tenho a forte e inexplicável necessidade de me esclarecer
para que tudo fique resolvido, admitindo a minha culpa
e o meu arrependimento, para que a minha consciência
me liberte o sono.
Fui uma besta hoje!!! Tratei mal uma senhora, que
possivelmente teria vinte horas de serviço.
Mesmo que não tivesse, nada justifica a minha atitude
e falta de educação perante um meu semelhante
que teria feito o melhor no seu ponto de vista ético,
de acordo com os estatutos que regem o centro hospitalar.
Teria dado sangue, porque as reservas estimadas são fracas
e práticamente nulas, (na altura, em 2oo9) devido a vários
motivos.
Mas não dei... porque nos exigem horas!!!
Uma espera constante que desespera...
Mas não se redimem, nem com um simples pedido de desculpas
que nos reconfortaria e apaziguaria a raiva emergente
prestes a transbordar. Nada!!!
Eu é que devia pedir desculpa ainda, por me ter deslocado
kilómetros num acto voluntarioso em doar algo tão precioso
que possivelmente salvaria alguém.
Sentia-me tão bem por ter tomado esta iniciativa, de contribuir
com alguma coisa minha,
fazendo o bem neste mundo tão desumano.
Mas o tempo de espera despoletou em mim a besta adormecida
e quase exorcizada.
Não propriamente pelo tempo de espera, mas pela atitude
da interveniente, que depois de vários minutos ao telefone
numa repartição de doação de sangue,
ainda me pergunta o que eu queria...
Como se fosse ali buscar um frango...
Convicta de um bom atendimento... não baixando as armas.
Uma coisa impressionante mesmo, porque não desarmam,
nem reconhecem que podiam ter feito melhor.
Nem nos pagam um café e ainda temos que penar ali
especados sem saber a quem nos dirigir.
Não se vê um sorriso ou um simples “bem-vindo”...
e ainda por cima eu é que pensava que era o rei da Prússia.
Vocês viram isto?? Não desmoraliza qualquer um??
O desprezo pelo anonimato…
Revoltei-me e arrependi-me ao mesmo tempo,
porque enquanto se debatiam motivos e razões,
gostava que ela parasse para me desculpar.
Que ela se calasse e pedisse desculpa
para começarmos tudo de novo, noutro tom, dando-me
oportunidade de reconhecer o meu erro.
Mas não... eu é que tinha a culpa, por pensar com certeza
que era mais do que os outros que lá esperavam
pacientemente, calminhos e serenos.
É como querem o povo... que ninguém se atreva a
contestar seja o que for... como está é que está bem!!!
Por isso nada funciona neste país, que é invadido por toda
a espécie de meliantes e máfias organizadas,
porque sabem que nada funciona neste burgo.
Podem matar e esfolar que saem em liberdade,
por isso vêm para cá todos e são muito felizes.
Desculpem-me o desabafo e ter descarregado
esta rábula no vosso colo.
Vou-me calar já e resignar-me à minha insignificância
que é melhor, porque nada vai mudar e tudo vai continuar
exactamente na mesma, portanto…
Vou escrevendo, conforme me forem chegando as vossas súplicas por mais... e mais...
merdices do desencanto!!!